domingo, 18 de abril de 2010

Ajustando os desejos


Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração'



Faz parte da vida humana estar, muitas vezes, sob a influência de fortes desejos. Tais estados de alma podem reforçar os grandes ideais, quando somam energias com os sonhos, que alimentam a nossa trajetória. Ter desejos é querer possuir; é predispor-se a gozar; é entregar-se a uma força que mal conseguimos manipular. Tem características de satisfação egoísta, embora persistam espaços para o altruísmo. Talvez a sã psicologia tenha descrições melhores a oferecer.

O que aqui apresento reveste-se apenas de fenômenos observados pela razão, que chamamos de bom senso. Logo abaixo quero reconhecer que existem, sim, desejos construtivos. Mas comecemos pelos desejos que nos travam e nos introduzem na parca produção, diante dos grandes deveres, de que estamos revestidos.

Há desejos que nos puxam para baixo e nos colocam em posição de correr atrás dos falsos valores. Vejamos, por exemplo, o desejo sexual que pode nos atormentar, em busca de amores impossíveis e contrários à ética cristã. Mas não é só a sexualidade que pode nos colocar em estado improdutivo. Também o desejo irrefreável do dinheiro, a “cobiça dos olhos”.

O mesmo se diga, com mais ênfase, sobre o desejo de prestígio a todo custo, da fama (muitas vezes não merecida), da perseguição contra pessoas que atrapalham. Jesus advertiu: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6, 21).

Os desejos amorosos de um casal, em santa união, podem ser poderosas alavancas para a concretização de sua vida familiar. Tais sentimentos se tornam convergentes. Lembro-me aqui também dessas almas privilegiadas, que envidam todos os esforços nas obras sociais. Ou mesmo, daqueles que querem ocupar posições de realce na sociedade, para fazer o bem e melhorar as condições do povo. Mas de forma alguma posso esquecer aquelas almas mais sublimes, como São Paulo, que se aproximam de Deus e não dividem seus desejos com falsos ídolos. Tais pessoas são os “puros de coração” cujos desejos estão fixados no essencial.

Esse é o ajustamento que todos devemos procurar. Jesus previu isso: “Eu, uma vez levantado [na cruz], atrairei todos a mim” (Jo 12, 32).

Depressão tem cura


A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma




Depressão significa buraco. O Vaticano fez um congresso sobre esse assunto, porque eles estão preocupados com esse mal. Eu li o resumo do congresso e vi que são 300 milhões de pessoas no mundo que sofrem com esse mal. Precisamos tratar desse povo.

A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma. E a depressão é uma doença mais da alma que do corpo. E quem cuida da alma é o psicólogo e a religião.

Essa enfermidade tem cura e a cura tem três caminhos:

- Procure um médico psiquiatra, ele pode dar remédio;

- É preciso um psicólogo para saber como se comportar diante das situações difíceis;

- O tratamento tem de ser físico e espiritual.

Não tenha medo de procurar os três tratamentos. A depressão é muito difícil de ser diagnosticada.

Uma pessoa deprimida pode apresentar: doença crônica, problema afetivo, falta de sentido para a vida, excesso de trabalho. Essas são causas. Mas o que ela sente? Muitos podem ser os sintomas da depressão, como: cansaço, pensamento de culpa, tristeza, autoestima baixa, falta de apetite, falta de vontade de rezar, fadiga, memória fraca, insônia, dificuldade para decidir, pensamento de morte, quedas de cabelo, entre outros.

O importante é saber que esse mal tem cura. Deus nos deu os psicólogos e temos também a família. Esta tem de cercar a pessoa e não deixá-la no buraco. Todos têm de se juntar e se unir.

Não adianta falar que a pessoa é fraca. Não importa por que ela está em depressão, você tem de tirá-la do buraco. Tem de ajuntar pai, mãe, irmãos, namorado, chamá-la para tomar um sol, sair, tomar um sorvete... Tem de tirar a pessoa do buraco com carinho e vagarosamente. É um ato de amor e caridade - e a família é importantíssima.

O deprimido tem de agir contra esse mal, ou seja, reagir, não pode se entregar à tristeza. Ele precisa cultivar a alegria e lutar para sair do buraco em que se encontra.

Como sair da depressão? Você tem de ver o valor que você tem. Só assim não ficará no fundo do poço. Só fica nesse local quem não dá valor a si mesmo. Você acredita que você é obra de Deus? Então, por que você deixa a obra d'Ele no buraco? Quem fica nesse lugar é lixo. E você é uma obra de Deus!

A primeira coisa que um deprimido tem de entender é que ele tem valor, que ele é alguém muito importante para Deus. Quando louvamos ao Senhor, damos voz e sentimentos a este mundo. Por que Jesus morreu na cruz? Por causa dos macacos, das galinhas? Não. Ele entregou a vida na cruz por causa de você, do valor que você tem. E Ele o ama individualmente. Nenhum de nós tem a mesma impressão digital, pois Deus não quis nos fazer em série, mas individualmente. A história do mundo é a história de cada um de nós. Ele sabe o meu nome, a minha angústia, a minha dor.

Quando Cristo morreu na cruz, Ele não carregava somente seus pecados, mas suas angústias e dores. Ele já venceu suas tendências, por isso você não precisa ficar deprimido por causa dos erros, pois Deus é "louco" de amor por você. Só o amor é mais forte que a dor e a morte. Olhe para a cruz e você verá o quanto Deus o ama.

Você quer a prova de que Deus o ama? Jesus disse que Ele pode ter 99 ovelhas, mas se tem uma perdida Ele deixa as 99 para buscar você. Se você é a ovelha deprimida, perdida, Ele larga as outras e vai buscar você.

Diga para sua depressão: "Eu não morrerei nesta depressão, porque sou filho de Deus - e filho de Deus não pode morrer no buraco!"

Não podemos abaixar a cabeça para a depressão. Se você perdeu um namorado e está com essa enfermidade, não olhe para o barulho do mar, olhe para Cristo. Para Deus não existe "beco sem saída". O Todo-poderoso está pronto para mover o céu a fim de que seu milagre possa acontecer, mas Ele não move um palha para fazer aquilo que você pode fazer.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A última tábua da salvação!


A veneração da Misericórdia do Senhor

Parece o fim, mas não o é! O fato é que Jesus Cristo, mesmo após ter a vida entregue à morte na cruz, não obstante Seus inúmeros feitos como o Filho de Deus que era; após caminhar sobre as águas, ressuscitar mortos, renascer após três dias, subir aos céus e assim dar início à maior e mais profunda revolução na história da humanidade... Após ter o Corpo exposto à vergonha e chagas, ter o peito aberto, a fronte coroada de espinhos, sendo submetido à humilhação e ao desprezo... Este homem, ainda assim, considerou Seus feitos – por fraqueza nossa – ineficazes. Motivo pelo qual apareceu para a Irmã Faustina Kowalska, na Polônia, em 1931.

Nessa oportunidade, Jesus pediu que fosse celebrada a Festa da Misericórdia. Em seu diário, na página 49 Irmã Faustina registra esse pedido para que Sua “imagem seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia”. Disse que o perdão total das faltas e dos castigos será concedido àquele que nesse dia se aproximar da Fonte da Vida. “Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha Misericórdia. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate.”

Assim, ao escolher o primeiro domingo depois da Páscoa, o Senhor desejou indicar a estreita união entre o mistério pascal da Redenção e o mistério da Misericórdia de Deus. “As almas se perdem apesar da Minha amarga paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Misericórdia. Se não venerarem a Minha Misericórdia, perecerão por toda a eternidade.”

A Festa da Misericórdia destina-se aos pecadores, considerados por Jesus os mais dignos de Suas graças. Sua mensagem tem pressa, pois evoca a brevidade do tempo e a teimosia de quem não quer ou pouco consegue enxergar que a humanidade inteira afunda num mar de desencontros e mal. Suas palavras são repletas de esperança e salvação, concedendo uma intensa luz a quem já se sente cego por causa de seus próprios erros e desorientação. É a imagem de Jesus ressuscitado que traz aos homens a paz pela remissão dos pecados!

Assim é Jesus Misericordioso!

Suas vestes são brancas, Seu peito está aberto, de onde brotam sangue e água, para a salvação de todos sem distinção. Seus olhos são os mesmos expostos em Seu rosto na exata hora da crucificação; Suas chagas são a mais perfeita identificação com os menores de Seu Reino e são plenas indicações de que o caminho é mesmo feito em meio a dores, perda de sangue e entrega.

Suas mãos abençoam! São bênçãos para todos, sob a condição de que saibam escolher que o tempo é agora!

As graças? São colhidas com o vaso da confiança!

Em poucas palavras, o tempo chegou! É tempo de Misericórdia!